Se você pensou: “eles querem ter uma cara mais agradável para atrair eleitores que não se preocupam em saber das promessas ou currículo”, acertou! Essa também é a ideia que Fernando Reinach, biólogo, defende em texto (com mesmo título do post) do livro “A longa marcha dos grilos canibais”, uma coletânea de crônicas – do mesmo autor – sobre ambiente e ciência.
A explicação é que o nosso cérebro foi habilitado para avaliar membros da nossa espécie com os quais nos comunicamos diretamente. Então, quando temos de analisar estranhos, a situação fica complexa. “Selecionar um líder entre os candidatos com os quais nunca interagimos é uma novidade para o cérebro humano, e não é tarefa que ele, mesmo educado, faça com facilidade. Se puder escolher, nosso cérebro prefere utilizar poucas informações obtidas em interações diretas” […] Quando forçados a decidir com base em informações indiretas, os mecanismos utilizados pelo cérebro são primitivos e irracionais.”, diz Reinach.
Pensando nisso, dá pra listar duas atitudes comuns de candidatos em campanha, usadas para reduzir o estranhamento dos eleitores: as cirurgias plásticas ou reconstrução da imagem física para ficarem mais bonitos e o “corpo a corpo” nas comunidades e grupos, para dar aquele ar de que são gente como a gente.
Fernando Reinach faz referências a pesquisas científicas que evidenciam empates entre a escolha de líderes, tanto de forma racional como “irracional”. Em testes, fotos de candidatos vitoriosos e derrotados em eleições foram submetidas a apreciação de pessoas que não os conheciam. Estas deveriam dizer, apenas por meio das fotos dos políticos, se eles pareciam competentes ou incompetentes. Os resultados mostraram uma relação de 70% de acertos entre “os que pareciam, competentes” e os que haviam sido vitoriosos nas votações reais, ditas racionais.
Claro que temos outros pontos para orientar o nosso voto. Mas sei que antes de tudo, o cérebro vai tentar nos inclinar para o candidato que parece mais familiar e atraente fisicamente. Sei lá, acho que sempre vou desconfiar dos bonitinhos agora.
Obs: Recomendo ler o livro. Algumas crônicas podem ser lidas aqui (clica)
Pois olhe, minha flor!
Há plásticas que jamais deveriam ter sido feitas…
Ficam assustadoras.
😉
Dá para rejuvenescer, mas, como diz a Glorinha Kalil, o frescor da juventude é da juventude!
Corroborando a tese da “transformação” no imaginário popular, a novela Escrito nas Estrelas faz uma crítica subliminar, no estereótipo de beleza e de riqueza, de poder! Quando da transformação da personagem Viviane/Vitória…
O que já pude perceber dos políticos é que eles buscam acima de tudo popularizar seus nomes.
Em todas as épocas! Não apenas nas eleições.
Desde que se mantenham dentro das expectativas previstas, buscam mostrar nome e imagem, para pontuar e marcar.
O marketing, para ter nome e fisionomia recordados!
E, se necessário, apelam sim para as técnicas de rejuvenescimento.
Faz todo o sentido! :yes:
Tô pensando em começar minha carreira política para aparecer dinheiro e, então, recauchutar minha tela já desgastada…rs,rs,rs!