
Acho que todo estudante de jornalismo ouviu alguma vez a sentença: “o jornalista é um especialista em generalidades”. Quando me disseram isso, ainda caloura, acreditei e pensei que devia ser muito difícil ser esse profissional. Mesmo assim, como eu era caxias e inocente, transformei em objetivo. Felizmente, depois de algum tempo, percebi que:
1) um especialista em generalidades é um ser fictício;
2) quem se acha um especialista em generalidades não pode ser uma pessoa boa da cabeça;
3) Leonardo da Vinci e Charles Sanders Pierce são únicos e geniais. Eles não foram jornalistas, mas sabiam um pouco das diversas áreas do conhecimento em suas respectivas épocas;
4) alguns assuntos nos interessam infinitamente mais que outros;
5) etc.
À primeira conclusão, cheguei na década de 90, logo após o primeiro ano de faculdade. A conclusão número 2 foi observada em 2000, ao conhecer um pesquisador- enciclopédia ambulante, mas comprometido comportamentalmente.
Porém, eu adoro ler assuntos diversos, completamente diferentes entre si, já falei por aqui. E essa mania agora me incomoda demais. Ironia do destino? Não é raro que me veja tentando abrir caminho no meio de informações (variadas e de inúmeros assuntos) engalfinhadas e enlouquecidas na minha cabeça.
Mas há felicidade neste drama (hahaha), eu sei que a memória cotidiana tem vida curta. E é bobagem se aprofundar no que é transitório.
No momento, faço faxina nas miudezas informacionais para reduzir o emaranhado mental. Nunca pensei que isso seria necessário! =)